Postado por Rafael Freitas
Quem me conhece, já
sabe: sou apaixonado pelos meus amigos. Supervalorizo mesmo. Digo amigos
AMIGOS, desses que a gente pode contar em qualquer hora, na alegria e na tristeza,
na saúde e na doença. rs
Amigos sempre vão
estar ali dando um jeitinho de fazer um carinho, de se fazer presente, de dividir
uma notícia boa ou uma pizza! E quando essa amizade esbarra em afinidades
musicais, então... aí é pra valer mesmo! Como acontece com a gente do Cantus. E
com tantos de nossos amigos.
Vai daí que a gente
recebe e troca esse carinho de várias formas. O da minha querida Silmara Franco
foi com as palavras:
"O dia em que meu amigo cantou na televisão
Caetano Veloso não sabe, mas o Rafael
também pensava em cantar na televisão. Quando ele avisou, “Vai passar no
programa tal, tal dia”, corri botar na agenda. Já esperava que fossem fazer
bonito, conheço a cantoria dos quatro – ele mais três. Eu só não contava com a
vontade doida de chorar que me deu, ao ver meu amigo na tela. Meus olhos
marejaram em HD.
Sob domínio do streaming, onde todos
podem, democraticamente, mostrar seus talentos e ser acessados infinitamente –
independente da vontade e do crivo de algum editor enjoado – , cantar na
televisão ainda é mágico, mitológico. Ainda desassossega o coração da família e
dos amigos, que se aboletam no sofá, no horário anunciado. Não se lava louça
nessa hora, não se atende telefone, não se faz barulho. Chiu, vai começar.
Rafael
e seus companheiros de voz – dentre eles, a moça da saia mais bonita deste
mundo – começam e eu, da minha sala de estar, reverencio sua música com alegria
e orgulho. Não me mexo na poltrona, para não perder nenhum acorde. Não é todo
dia. Juntos, os quatro não cantam; vão desenhando as notas no ar. Canto é uma
ilustração sonora e colorida. O que meu amigo leva nos bolsos da camisa xadrez,
escolhida para o dia? Nas mãos (e na voz), eu sei: um sonho em sol maior. Sol
de quase dezembro. Por que não?
Quis
tocar a campainha do vizinho e mandá-lo ligar a TV, “Eu conheço este aqui, ó!”.
Contar que tomamos um café juntos, sempre que dá. Que, na tela, o Rafael parece
tão sério e comportado (logo quem). Que eu sei como é sua voz quando está à
paisana. E o quanto rimos da vida, às vezes tão desafinada.
Quis
registrar para minha coleção de vizinhos que sou tiete autorizada do Rafael e
que vou garantir meu autógrafo-abraço vitalício, comprando todos os discos
que ainda virão desse quarteto mineiro e ensolarado.
Quis
dizer que não sei se meu amigo toma Coca-Cola, mas sei que não pensa em
casamento. Ele só quer seguir vivendo. Amor."
Minha amiga Silmara Franco é autora do blog Fio da Meada, recomendadíssimo!