2.12.11
13.10.11
Fotos do Show de lançamento do CD Cantus Quatro
Acabamos de receber as fotos do show de domingo!
O Teatro Municipal de Pouso Alegre estava cheio de amigos, familiares e admiradores do Cantus Quatro. A presença dos nossos convidados Claudio Nucci, Dri Gonçalves e Emílio Victtor encheu o teatro de graça e tornou o show ainda mais especial.
A banda, formada por músicos de altíssima qualidade e todos amigos do Cantus Quatro, também foi a responsável pelo sucesso do show: Bruno Vinci, Diovani Bustamante, Giuliano Tiburzio, Matheus Macêdo, Claudinho Mendonça, Márcio Mineiro, Nelson Saqueto e Alex. Valeu, amigos!
Confira algumas fotos!
Mais fotos, acesse aqui nosso facebook.
3.10.11
Show de lançamento do CD Cantus Quatro!
No próximo domingo, dia 9 de Outubro, às 20h, no Teatro Municipal de Pouso Alegre. Atenção para as participações mais que especiais de Claudio Nucci, Dri Gonçalves e Emílio Victtor.
Queremos agradecer também aos nossos parceiros Colégio Integral e Conservatório Estadual de Música de Pouso Alegre; ao nosso patrocinadores Poliflex Transporte e Comércio de Areia, Brita e Cia e à Showp's Pizzaria e ao apoio cultural de Gerana Orgânicos e Ótica Zero Grau.
Esperamos você!
26.9.11
Histórias das Canções: Pegadas e Lembranças
A vida é repleta de momentos de muita felicidade e alegria, mas também de momentos de muita tristeza. Momentos que gostaríamos de nunca ter vivido.
Em nossas vidas encontramos pessoas que muito nos ensinam. Pessoas que nos fazem crescer, desenvolver o que é bom dentro de nós. Foi assim com o meu avô paterno, o meu “Vô João”. Ele sempre foi o “pilar” da minha família, a “viga mestra”, o “cara”.
De repente toda essa história bonita chega ao fim. O tal “cara” se foi.
Uma grande revolta me contaminou. No começo eu achava que tudo tinha chegado mesmo ao fim. Fiz uma música em homenagem a ele que mostrava toda a minha revolta com aquela perda.
Pouco tempo depois o Cantus Quatro parou. Sinceramente, eu achei que nunca mais fôssemos voltar. Comecei a estudar piano novamente e me envolvi com outras atividades musicais. Pra minha surpresa, dois anos se passaram e o Cantus Quatro resolveu voltar a existir.
Voltei a pegar o violão e retomei minhas canções. Entre os meus “pergaminhos musicais”, estavam composições que eu tinha deixado de lado, guardadas no baú. Entre essas composições estava a música que eu tinha feito para o meu avô.
Li, reli, pensei, refleti e concluí que não era nada daquilo. Eu havia feito um verdadeiro tratado sobre a revolta do ser. A letra falava do fim, mas isso não era verdade. O meu avô estava tão presente quanto antes nas minhas ações, nas minhas atitudes.
Resolvi mudar tudo: melodia, harmonia e letra. Busquei as lembranças que eu tinha de tudo que vivi ao lado dele. Refiz os caminhos, procurei as pegadas que ele deixou. Criei uma música que com certeza fala ao coração das pessoas que já sentiram o que eu senti e sinto.
Pegadas e Lembranças é a minha homenagem a ele e a todos aqueles que perderam pessoas importantíssimas em suas vidas.
Pegadas e Lembranças (Cleverson Natali)
Um pé descalço, um pé no chão
Correndo o tempo, girando um pião
Um coração menino a me contar
Sonhos, histórias que viveu
Saudade imensa nos olhos cresceu
Homem ou anjo, quem vai desvendar
Um soldado da paz
Me fazendo sorrir
Crescer, criar raízes onde mora o bem
Um poeta que traz
Versos, trovas e mais
Descansa a alma e o coração leva além
Um pé descalço, um pé sem chão
Uma ferida invade o coração
Uma lágrima a consolar
Olhar perdido em meio ao mar
Rumo incerto, certeza onde está
Tua voz eu não ouço mais
Tempestade a correr
Na alma, no ser
Febre queimando o corpo, luz a se perder
Pesadelo no ar
Tormenta no mar
Um barco no horizonte azul a se romper
Um pé descalço o chão buscou
Sem rumo certo, um caminho me dou
Tua falta sempre a machucar
Sigo pegadas por onde vou
Tantas lembranças, tudo o que restou
Tramas da vida quem vai suportar...
23.9.11
Últimas notícias: o projeto gráfico do CD Cantus Quatro
Esperamos que gostem!
Abração!
Rafa
13.9.11
Histórias das Canções: Retalhos
"Foi bem curioso como surgiu essa música. Meu colégio fez um projeto para criarmos poemas sobre temas como respeito, esperança, solidariedade e alegria, que foi a base para "Retalhos". Bem, quando me foi proposto esse sentimento, não sabia ao certo o que falar, até porque, para mim, alegria era algo passageiro, momentâneo, e o que valia mesmo era a felicidade. Depois de algumas reflexões e uma conversa com o João Eugênio em uma quarta-feira, dia da minha aula de violão, chego a conclusão de que o que é a felicidade se não retalhos de alegria? Sendo assim, comecei a pensar em tudo aquilo que me causa alegria e, juntos, são capazes de acabar com qualquer tristeza. Uma semana depois, chego novamente ao João em minha aula, mas agora com o intuito de que ele achasse a melodia que, segundo minha professora, estava faltando e eu, particularmente, não a via. E, realmente, não poderia ter sido melhor: a melodia foi a costura perfeita para que as alegrias virassem felicidade."
Foi imediato! Acabei de ler o poema e já disse pra Bia: _ Eu já vi uma música aqui. Só acrescentei uma brincadeira, um jogo de versos e palavras no final da canção.
E esta é a história de "Retalhos". E pra conferir o resultado, é só acessar nosso MySpace clicando aqui!
Abraços,
João Eugênio
Retalhos (João Eugênio e Bia Carrozza)
Saio juntando pedaços, dando laços
Formando constelações de sons
Som que vem da alma e sai sem querer
Música sem melodia, sem verso
Demasiados sorrisos contagiantes
Aqueles sem fim, do nascer ao morrer
Saio dando laços, juntando pedaços
De alegrias nostálgicas
Repletos de felicidade
De um eterno viver
Corro desfazendo laços, separando pedaços
De uma profunda melancolia
Distribuo abraços com alegrias
De um último anoitecer
Canto...
Colorindo a noite
Contemplando versos
Desenhando vozes
Decifrando a vida
Contemplando a noite
Desenhando versos
Decifrando vozes
Colorindo a vida
Desenhando a noite
Decifrando versos
Colorindo vozes
Decifrando a vida
Decifrando a noite
Colorindo versos
Contemplando vozes
Desenhando a vida
1.9.11
Minas um canto e um conto
O Clube da Esquina é um movimento riquíssimo em influências. Nele encontramos traços da Cultura Negra, da Música Sacra, da Bossa-Nova, do Folclore Mineiro, da Música Latina, do Rock, do Jazz, entre outros. Com tantas influências, o Clube da Esquina se tornou um movimento de fácil aceitação, levando a bandeira da música mineira a todos os cantos do mundo. Além disso, o cenário político e social da época trazem a tona fatos relevantes ao preparo, principalmente no que diz respeito ao âmbito cultural, das novas gerações. Podemos citar a ditadura militar e o fortalecimento da indústria cultural no Brasil, entre outros fatores presentes nesse cenário que marcou a vida e as histórias dos membros do Clube da Esquina.
É embasado nestas questões que o projeto Bares de Minas acontece. Um tributo aos compositores e músicos do Clube da Esquina, trazendo ao público histórias e músicas que marcaram época, dentro de um cenário político-social repleto de fatos marcantes na história do Brasil.
Minas - Um canto e um conto será realizado no Teatro Inatel, dias 10 de setembro às 20h.
26.8.11
Histórias das Canções - Aldeia Mineira
Aldeia Mineira é meio que uma continuação de Noitear. Pega um pouco o rastro das ideias que me fizeram criar Noitear.
Ela traz a questão do pensamento indo de encontro ao mar de ideias e possibilidades culturais que temos em Minas Gerais e o que esse encontro nos causa.
Por isso o refrão diz:
É longe do mar
Que encontro a magia desse povo
Aldeia mineira a cantar
É longe do mar
Que encontro a alegria desse povo
Aldeia mineira a cantar
Aldeia Mineira (Cleverson Natali)
Buscando na noite o aconchego das montanhas
Atravessa o fio desse coração menino a navegar
Sempre sonhador
Seguindo os caminhos deste horizonte infinito
Vai acorrentando ao peito histórias e desejos
Tradições e poesia unindo mente e alma
Um olhar em paz
Uma voz no ar
Que encontro a magia desse povo
Aldeia mineira a cantarÉ longe do mar
Que encontro a alegria desse povo
Aldeia mineira a cantar
Som que cala a alma e eterniza os puros sentimentos
Trazendo lembranças já perdidas na memória
Violando o tempo e as raízes de um passado distante e bom
Tempo sem igual
11.8.11
Cantus Quatro no MySpace
Muitos músicos e bandas começaram a utilizar o MySpace para estabelecer uma presença online gratuita com o objetivo de divulgar os seus trabalhos e para comunicarem-se com seus fãs. Em 2004, o MySpace tornou-se o portal da música independente na internet com a criação do MySpace Music, que permite aos usuários criar uma presença online e mostrar seu trabalho através de postagens de suas músicas em formato MP3.
Pelo fato de ser muito popular e pelos serviços que oferece, muitos artistas renomados criaram seus perfis no MySpace para divulgar suas músicas e reunir fãs.
Com seu primeiro CD em fase de finalização, o Cantus Quatro ingressa no MySpace para começar a mostrar sua cara e seu trabalho. Três músicas já foram postadas: Noitear, que já mostramos aqui; O Trem de Minas, que também já apareceu por aqui, e Ponteando o rio, o mar, canção de Cleverson Natali que traz a participação do cantor, e produtor do disco, Cláudio Nucci.
29.7.11
Histórias das Canções - Noitear
Recebi um texto pela internet que falava sobre a palavra noite. O texto dizia que a palavra noite significa infinito por ela ser a junção de dois símbolos que representam o infinito. A palavra noite é formada pela consoante N mais a palavra oito.
Na matemática o símbolo utilizado para representar o infinito é (oito deitado).
Na teoria dos conjuntos, o infinito é representado pela letra hebraica aleph ( ).
O intrigante é que isso não acontece apenas no português, mas em várias outras línguas.
País | Formação da palavra noite |
Brasil | N+oito = noite |
EUA | N+eight = night |
França | N+huit = nuit |
Alemanha | N+acht = nacht |
Itália | N+otto = notte |
Espanha | N+ocho = noche |
Achei muito interessante o texto e comecei a pensar sobre o infinito, a imortalidade e o que nos torna imortais (infinitos) e concluí que só existe uma coisa infinita em todos nós: o pensamento. Ele nos leva ao lugar que quisermos; pode criar situações inusitadas e até infundadas. Todos aqueles que se tornaram imortais na história foram grandes pensadores da humanidade.
Baseado nisso criei Noitear, uma música que fala sobre o pensamento humano:
...onde andas tu menino
Porque não quer parar...
...o pensamento voa
Busca o que sempre quis
Em devaneio quer contar
Final sempre feliz.
Noitear significa, ao meu ver, tornar infinito tudo o que é bom.
Noitear (Cleverson Natali)
No longínquo está sempre a procurar
O sonho que possa alcançar
Vai além do mar, vai além do céu
Na terra não quer mais pisar
Onde andas tu menino?
Por que não quer parar...
Levanta a face da razão
Desperta o teu olhar
Para alcançar a profunda luz
Nas noites sempre a refletir
Signo que está na palavra em si
É o infinito a noitear
O pensamento voa
Busca o que sempre quis
Em devaneio quer contar
Final sempre feliz
No longínquo está sempre a procurar
O sonho que possa alcançar
Vai além do mar, vai além do céu
Na terra não quer mais pisar
Onde andas tu menino?
Vai além mar
Por que não quer parar...
Sempre o que quis
Levanta a face da razão
Desperta o teu olhar
Para alcançar a profunda luz
Nas noites sempre a refletir
Signo que está na palavra em si
É o infinito a noitear
O pensamento voa
Busca o que sempre quis
Em devaneio quer contar
Final sempre feliz
24.6.11
Cantus Quatro no 41° Festival Nacional da Canção
O Festival Nacional da Canção é o maior festival de música do Brasil. Com uma vitoriosa história de 41 anos o Festival Nacional da Canção é hoje o principal palco para os grandes talentos da música brasileira. Sem restrições a gêneros, épocas e ritmos o festival é uma união cultural que reflete a cara do país.
O objetivo principal do evento é valorizar e divulgar a cultura nacional. O Festival Nacional da Canção é apoiado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura e pela Lei Rouanet.
O Cantus Quatro inscreveu três músicas e Trem de Minas, de João Eugênio, foi classificada! (Veja aqui a lista de classificação das canções.)
Nos dia 5 de Agosto, em Pouso Alegre, defenderemos a canção! Contamos com a presença e a torcida de todos!
Para saber mais sobre o festival, visite o site do FENAC. http://www.festivalnacionaldacancao.com.br/
19.6.11
Histórias das Canções - O Trem de Minas
Apesar de seu arranjo complexo, adicionamos esta canção ao nosso primeiro CD pelas características marcantes – poética, melódica e rítmica – da música mineira que nos inspira. Nesta faixa, tivemos a honra de contar com a participação de nosso grande amigo, o músico Emílio Victtor, que agregou à canção O Trem de Minas a emoção que gostaríamos de passar através de seu belo timbre.
O Trem de Minas (João Eugênio)
Buscar algo real em um sonho, fantasia
Em pedaços de papel um rabisco, algumas letras
Pipa, linha, carretel
O início de uma história
Brincadeira ou algo mais
Vejo um trilho e surge um trem
O trem de Minas Gerais, gerais Minas Gerais, gerais minas
Oh, Minas gerais!
Ao longe vejo o sol
Quando nasce o dia
Pinta todo o céu de azul
Traz a vida e harmonia
Aos que vivem em Minas, norte ou sul
Neste trem que lentamente
Segue em frente sempre em paz
Percorrendo a minha terra
O sul de Minas Gerais, gerais Minas Gerais, gerais minas
Oh, Minas gerais!
Este trem que é de ferro e a vapor
Vive sempre ofegante a tocar
O coração de um mineiro apaixonado
Pela vida que é um trilho e corta essas Minas Gerais
Ao longe vejo o sol
Quando nasce o dia
Pinta todo o céu de azul
Traz a vida em harmonia
Aos que vivem em Minas, norte ou sul
Neste trem que lentamente
Segue em frente sempre em paz
Percorrendo a minha terra
O sul de Minas Gerais, gerais Minas Gerais, gerais minas
Oh, Minas gerais!
Ó, Minas Gerais
Ó, Minas Gerais
...........................
14.6.11
Desejos sinceros
17.5.11
Histórias das Canções - Assombração
Quando começamos a definir o repertório para o nosso Cd, uma música chamava a atenção de todo o grupo. Era “Assombração”, do violeiro, cantor e compositor mineiro Zé Helder. O músico é amigo do Cleverson e ficou empolgado com a ideia de gravarmos sua música.
Por email, pedi que ele me falasse sobre sua composição. E eis sua resposta!
Eu sempre tive verdadeiro fascínio por histórias de assombração e do folclore em geral. Assim como tenho fascinação por João Guimarães Rosa. É chupado dele a parte do "Tinhoso, o Capiroto, o Cujo, o Pé-de-bode, Dianho, Sujo, Que-não-se-ri" e eu completei com "Que-não-se-pode" pra rimar. Está no Grande Sertão: Veredas. O resto da letra é um verdadeiro glossário de várias assombrações recolhidas da nossa região (como a Maria Engomada - Cachoeira de Minas; o famigerado Chiquinho da Borda) e do folclore brasileiro, como a sétima filha mulher da mesma casa que vira bruxa e vem chupar sangue à noite em forma de mariposa. Ou o lobisóme, que na versão matuta, é um bicho amarelo por ter o couro virado ao contrário e ataca galinheiros não pra comer galinha, mas pra comer a titica. E tantas outras fascinantes, como o corpo-seco, que eu morria de medo, pois tive um tio contador dessas histórias, o tio Mauro. O refrão fala da afinação Rio Abaixo, que tem origens interessantíssimas também, sempre ligadas ao Capeta descendo o rio de canoa ponteando sua violinha. Bem, mais curioso de tudo, é que sempre acontecem coisas estranhas relacionadas com essa música. Vocês testemunharam uma delas durante as gravações, e eu já tive problemas técnicos na hora do show. Pode ser coincidência, mas eu adoro pensar que não é. Como disse Cervantes "Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay".
Temos muito o que agradecer ao Zé Helder por essa música, por ter permitido que a gravássemos. E ela rende histórias... Ô, se rende!
Assombração (Zé Helder)
Noite de sexta-feira, lua cheia
Suindara agourando
Tabaréu se benze pelo sinal da Santa Cruz
Virgem Maria, Credo em cruz
Isso é medo de assombração
Moça se enamorou do vigário
Virou mula sem cabeça
Morde o freio, dispara
Soltando fogo pelas ventas
Credo em cruz, mas que medo de assombração
Lobisóme vira a pele do avesso
Amarelo, olho vermelho,
Invade galinheiro
Come titica e se espoja
Credo em cruz, mas que medo de assombração
Sétima menina, muié da mesma casa
Nasce bruxa, chupa sangue, cachaça
Bebe tudo num só gole, o garrafão
Que medo de assombração
Mora um cramulhão dentro do bojo da minha viola
Quando afino em rio-abaixo, ele que me ensina as moda.
Pio de urutau, caipora
Curupira, Pisadeira, Capeta da Borda,
Maria Engomada no porão
Credo em cruz, mas que medo de assombração
Porco preto, corpo seco
A porca de sete leitões
À meia noite da sete voltas
Procurando pra matar
Credo em cruz, mas que medo de assombração
Tinhoso, o Capiroto, o Cujo, o Pé-de-bode
Dianho, Sujo, Que não se ri, Que não se pode
Artes de Saci, fogo-fá da Boitatá
Vento no Uakti, arma penada em cafezá
Mora um cramulhão dentro do bojo da minha viola
Quando afino em rio-abaixo, ele que me ensina as moda.
Um pouco mais do trabalho de Zé Helder: http://www.myspace.com/zehelder
1.5.11
As canções de Cantus Quatro
Postado por Cantus Quatro
Busquei o tempo para a vida noitear
Minhas feridas, num trem de minas, comecei a curar
Os trilhos me levaram a uma aldeia mineira
Onde um dedo de prosa pôs minha alma a descansar
Andei por aquelas terras
Em meio a tantas pegadas e lembranças
Dos tempos de serelepe
Refiz os retalhos da vida
Refiz minhas esperanças
Nasci novamente
E agora, chegando a hora de partir
Os olhos vão ponteando o rio, o mar
O medo parece não existir
A assombração dos dias
Não vem mais me pertubar
Ouço o piuí do trem
Ouço as montanhas chamando
Vou, mas levo os encantos que têm
O brilho que reluz das Minas
Até onde os sonhos se tornam Gerais.
6.4.11
Histórias das Canções - Serelepe
Postado por Cleverson Natali
Como havíamos comentado com alguns amigos e em nossas redes sociais, a partir de hoje vamos postar aqui as letras das músicas do nosso primeiro CD e suas histórias. Vamos começar com “Serelepe”.
O compositor do tema, o músico Euler Ferreira, fez parte da segunda formação do grupo Cantus Quatro. Na época, ele fez uma música em homenagem a seu filho Enrico e deu o nome de "Serelepe". Eu já era pai de dois meninos na época e fiquei encantado pelo tema. Perguntei ao grupo se eles topavam incluir a bela música no repertório. Todos toparam de imediato e fiz o arranjo para o quarteto vocal, que acabou se tornando uma das músicas que o grupo mais gosta de cantar até hoje.
Quando canto este tema, me lembro muito dos meus filhos e me sinto criança novamente!
Serelepe (Euler Ferreira)
Capacete, capa, apito, espada, cavalo de pau
Serelepe em disparada, corisco, trovão temporal
Capacete, capa, apito, espada, cavalo de pau
Serelepe em disparada, corisco, trovão temporal
Com um pinote ligeiro ele se aninha aos meus pés
Cavaleiro vivo e matreiro, passarinheiro ao revés
Chispa que o dia é pequeno pras brincadeiras que há
Bola, pipa, pique, maré, pião, bola de gude é pra já
Capacete, capa, apito, espada, cavalo de pau
Serelepe em disparada, corisco, trovão temporal
Capacete, capa, apito, espada, cavalo de pau
Serelepe em disparada, corisco, trovão temporal
Anda moleque me ensina tudo que eu desaprendi
Alegria, ingenuidade, harmonia que eu nunca vi
Eu sei que tu és do mundo, e sei que um dia vais voar
Mas por ora vem pros meus braços que eu quero te apertar
Ê!, serelepe chegou
Ê!, serelepe chegou, chegou, chegou, chegou
Ê!, serelepe chegou
Ê!, serelepe chegou, chegou, chegou, chegou, chegou
7.3.11
Cantus Quatro em Nova Friburgo
As gravações estão sendo realizadas no estúdio no produtor do grupo, Cláudio Nucci, e seu sócio Giovanni Bizzotto.
Notícias e fotos aqui, no Twitter, e aqui, no Facebook do grupo.
3.3.11
De cara nova
Como nas quatro partes de um catavento ou nos quatro lados de um quadrado. Numa canção a quatro vozes.
Os quatro cantos do mundo onde cantam os quatro.