19.2.13

Silmara Franco, sobre a participação do Cantus Quatro no Sr Brasil

Postado por Rafael Freitas



Quem me conhece, já sabe: sou apaixonado pelos meus amigos. Supervalorizo mesmo. Digo amigos AMIGOS, desses que a gente pode contar em qualquer hora, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. rs

Amigos sempre vão estar ali dando um jeitinho de fazer um carinho, de se fazer presente, de dividir uma notícia boa ou uma pizza! E quando essa amizade esbarra em afinidades musicais, então... aí é pra valer mesmo! Como acontece com a gente do Cantus. E com tantos de nossos amigos.

Vai daí que a gente recebe e troca esse carinho de várias formas. O da minha querida Silmara Franco foi com as palavras:


"O dia em que meu amigo cantou na televisão

Caetano Veloso não sabe, mas o Rafael também pensava em cantar na televisão. Quando ele avisou, “Vai passar no programa tal, tal dia”, corri botar na agenda. Já esperava que fossem fazer bonito, conheço a cantoria dos quatro – ele mais três. Eu só não contava com a vontade doida de chorar que me deu, ao ver meu amigo na tela. Meus olhos marejaram em HD.
Sob domínio do streaming, onde todos podem, democraticamente, mostrar seus talentos e ser acessados infinitamente – independente da vontade e do crivo de algum editor enjoado – , cantar na televisão ainda é mágico, mitológico. Ainda desassossega o coração da família e dos amigos, que se aboletam no sofá, no horário anunciado. Não se lava louça nessa hora, não se atende telefone, não se faz barulho. Chiu, vai começar.
Rafael e seus companheiros de voz – dentre eles, a moça da saia mais bonita deste mundo – começam e eu, da minha sala de estar, reverencio sua música com alegria e orgulho. Não me mexo na poltrona, para não perder nenhum acorde. Não é todo dia. Juntos, os quatro não cantam; vão desenhando as notas no ar. Canto é uma ilustração sonora e colorida. O que meu amigo leva nos bolsos da camisa xadrez, escolhida para o dia? Nas mãos (e na voz), eu sei: um sonho em sol maior. Sol de quase dezembro. Por que não?
Quis tocar a campainha do vizinho e mandá-lo ligar a TV, “Eu conheço este aqui, ó!”. Contar que tomamos um café juntos, sempre que dá. Que, na tela, o Rafael parece tão sério e comportado (logo quem). Que eu sei como é sua voz quando está à paisana. E o quanto rimos da vida, às vezes tão desafinada.
Quis registrar para minha coleção de vizinhos que sou tiete autorizada do Rafael e que vou garantir meu autógrafo-abraço vitalício, comprando todos os discos que ainda virão desse quarteto mineiro e ensolarado.
Quis dizer que não sei se meu amigo toma Coca-Cola, mas sei que não pensa em casamento. Ele só quer seguir vivendo. Amor."











Minha amiga Silmara Franco é autora do blog Fio da Meada, recomendadíssimo!

Um comentário:

Silmara Franco disse...

E eu só vejo isso agora. Minhas palavras no site do quarteto fantástico. Que honra. Que alegria!
Beijos gerais,
Sil